"O Rei Relativista" - ou "Os Mil Caminhos"


Relativismo: Atitude ou doutrina que afirma que as verdades (morais, religiosas, políticas, científicas, etc.) variam conforme a época, o lugar, o grupo social e os indivíduos de cada lugar.

Todos conhecemos muitas pessoas que negam a existência de vida espiritual ou, se aceitam que há algo além do mundo material, na prática vivem como se não cressem.
O ateísmo e a apatia espiritual crescem na medida em que as pessoas se tornam centralizadas na satisfação pessoal, na busca de prazeres, no individualismo e numa incrível vontade de “ser feliz” sem entender direito o que é felicidade.
Além dos que simplesmente renegam a espiritualidade, há os que dizem que “todas as religiões estão certas”, porque “Deus é um só” que “todos os caminhos levam a Deus”, ou seja: que a verdade é relativa, que não há uma verdade, mas “cada um tem a sua verdade”. Será mesmo ?
Jesus Cristo foi muito claro ao dizer que só Ele é o caminho, a verdade e a vida (João 14::6).
Afirmar o contrário é negar as palavras de Jesus.
A historinha abaixo ilustra como idéias que se chocam não podem ser artificialmente harmonizadas.
Mais cedo ou mais tarde, a verdade se impõe.
O que é certo é certo, o que é errado é errado.
Não há meio termo.
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O Rei Relativista , ou "Os Mil Caminhos"...

Era uma vez um soberano de um reino distante, que impressionado pelo ensino dos intitulados "Místicos", aderiu à “Filosofia dos Mil Caminhos”.
Tal ensino pregava que não há uma verdade absoluta, mas que muitos caminhos levam a muitas verdades, que no final das contas, é uma só verdade.
Diziam os Místicos que “o caminho se subdivide em mil outros caminhos, para que todos levem a mesma e única verdade”.
Estes ensinamentos impressionaram o rei, lhe era atraente a idéia de que não há erro nem engano, pois ao final da jornada, mais cedo ou mais tarde, todos chegariam ao mesmo destino: a verdade – que não seria absoluta, mas relativa.
Todos estariam certos e todos estariam errados, pois não há caminho certo ou caminho errado. Há caminhos.
Ainda extasiado pela sublime doutrina relativista, o rei foi procurado por dois súditos para que resolvesse um sério conflito entre eles, pois naquele reino, o soberano também exercia a justiça.
O primeiro súdito relatou longamente a sua versão dos fatos do conflito: explicou o porque achava que a razão e por conseqüência o direito, lhe pertenciam, mostrando documentos e objetos.
O Rei ouviu atentamente. Pensou, meditou e disse: você tem razão !
O segundo súdito pediu a palavra e explicou em detalhes a sua versão, trouxe testemunhas e livros que diziam que sua situação era amparada pela justiça e que, em razão disso o direito em jogo lhe pertencia.
O Rei ouviu tudo pacientemente, novamente analisou os argumentos e então disse ao segundo súdito: você tem razão !
Houve inquietação na Corte...O Ministro-Conselheiro do rei, que a tudo presenciou, cochichou no ouvido real que não seria possível que o dois súditos tivessem razão ao mesmo tempo, pois suas versões se contradiziam e versavam sobre uma mesma situação de fato.
O Rei ouviu o Conselheiro e olhando-o nos olhos disse: você também tem razão !
A partir daí o tumulto tomou conta do Palácio e depois de todo o reino. Ao final do dia o reino estava esfacelado e em guerra civil, e o rei relativista morto.
[Livremente inspirado no texto de M. Scliar, P.Finzi e E.Toker, em Humor Judaico, Editora Shalom]
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"Ai dos que ao mal chamam bem, e ao bem mal; que fazem das trevas luz, e da luz trevas; e fazem do amargo doce, e do doce amargo! " (Isaias 5:20)

[FaRoL]

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