Confissões de Lúcifer

Depois de milhares de anos vagando pela Terra aprendi muito da natureza humana, suas fraquezas, seus desejos mais secretos e suas miséria. Tenho consciência que minha causa foi derrotada, entretanto estou trabalhando freneticamente para levar ao destino que me aguarda o maior número possível de pessoas, pois sei que pouco tempo me resta. (1)

Não é fácil a vida de um adversário do Todo Poderoso, principalmente porque Ele conta com um exército fiel de crentes espalhados pelo mundo inteiro que com suas orações produzem uma reviravolta em todo o mal que intento. Felizmente, são poucos os que oram de verdade, porque a maioria está preocupado consigo mesma,outros começam bem,me incomodam,mas logo desistem,pois não tem perseverança.

Fico admirado com o fascínio que exerço sobre alguns crentes, que falam mais de mim que de Deus. Rio muito quando eles tentam me amarrar, e dizem que naquela cidade não entro mais. Pois acaba a oração e eu continuo fazendo as mesmas coisas. O que esses cristãos não entendem é que não devem lutar contra mim, mais buscar Aquele que tem mais poder que eu. Quando eu quase destruí a vida de Jó, ele não me dirigiu uma palavra sequer, mas dizia o tempo todo que a causa dele estava diante de Deus e que o seu Redentor vive. Quando eu humilhei a Paulo colocando-lhe um espinho na carne, ele não tentou me acorrentar, mas apresentou a sua fraqueza a Deus, que lhe deu vitória. Sinceramente, com gente assim não dá para lutar.

Tenho prazer especial em atormentar esses que ficam preocupados comigo o dia inteiro ao invés de viverem a vida. Eles dizem que me vêem em todos os lugares, até onde eu nem estou... é muito engraçado.Com tais eu nem preciso me preocupar, pois sei que não são cristãos seguros de sua fé. Eles fazem parte daquele grupo que faz uma boa propaganda de mim, pois julgam que eu possuo muito mais poder do que realmente tenho e afirmam que fiz coisas das quais nada tive a ver. Na verdade eu sou um pobre diabo, condenado e derrotado, mas da forma que falam é como se eu fosse onisciente e onipotente. Será que eles não sabem que eu não posso fazer absolutamente nada sem a permissão do Todo Poderoso?Ah! Se não fosse por Ele... Mas, tudo bem, a propaganda é a alma do negócio. Sou constantemente acusado de tirar muita gente da Igreja. É mentira! Eles saem porque são levados por seus próprios desejos. Não fui eu que instiguei o filho pródigo a sair da casa do pai (2) e Demas a abandonar o apóstolo Paulo porque amou mais o mundo que a Deus (3).

Não tenho a pretensão de tirar ninguém da Igreja, pelo contrário. Quero deixá-lo lá, pois farei de tudo para serem frios, apáticos, que fiquem brigando entre si, que se dividam que eles só conversem com o grupinho deles. Que seus pastores sejam preguiçosos, apáticos e sem poder. No que depender de mim farei com que tenham uma vida tão miserável, que quando eles forem evangelizar, ninguém vai querer ter uma vida igual a deles.

Outra estratégia que uso muito é a de fazer com que a Igreja se pareça tanto com o mundo em valores e práticas, pois assim que quando as pessoas passam a freqüentá-la, elas não precisam mudar nada, e continuarão a fazer as mesmas coisas de antes. Não é genial? Gosto de soprar mentiras nos ouvidos das pessoas – afinal quero fazer jus ao meu nome de “pai da mentira”. É, eu digo-lhes que eu sou como gafanhotos e eles acreditam, digo-lhes que são uns derrotados e eles nem se levantam da cama, digo-lhes que Deus não os perdoou por tal e tal pecado e eles ficam cheios de culpas.

Confesso também que sinto um enorme prazer em oprimir aqueles que se recusam a perdoar o seu irmão, pois recebi carta branca do Todo Poderoso para atormentá-los com toda sorte de espíritos malignos, dos quais eu sou o principal. E não ponham a culpa em mim, pois só posso fazer isso se o crente se recusar a liberar perdão, pois quando ele perdoa é horrível a sensação de paz daquele coração, e eu saio correndo dali.

Acho muito engraçado quando usam sal grosso e oração forte contra mim, nem ligo. Agora, o que eu temo mesmo é uma vida santificada. Contra um crente santificado, fiel e que tem a Palavra guardada no coração, desses eu também fujo (5).

Como minha hora se aproxima eu estou trabalhando num projeto grandioso para este século. É uma estratégia tão ardilosa que são poucos os que percebem. Hoje, todo mundo quer Deus e eu estou dando “Deus” de todos os tipos e para todos os gostos. Eu estou enchendo o mundo de “Deus” para que eles fiquem tão confundidos que não saibam quem é o Deus verdadeiro. Cada um pode ter o seu “Deus” do jeito que quiser. Agora ninguém mais precisa ficar submisso ao Deus de Abraão, Isaque e Jacó. Vocês não imaginam como o povo gosta dessas novidades.

Tenho queimado a pestana inventando sacrifícios, novos rituais, e tenho levantado líderes que falem de Jesus, mas sem nenhum compromisso com o reino Dele. Adoro soprar ventos de doutrinas porque os meninos na fé acreditam em tudo.

O meu objetivo com isso? Confundi-los e fazerem imaginar que estão servindo a Deus. Agora, eu não aceito levar a culpa de tudo sozinho não-eu só dou aquilo que eles querem. Eles gostam de brilho, eles querem glória para si, eles admiram aqueles que fazem sucesso, eles crêem em toda forma de misticismo... Eu nunca imaginei que este povo gostasse tanto de ídolos, ídolos que cantam, ídolos que pregam, ídolos que profetizam, é uma loucura como idolatram a tudo.

Muitos falam que eu sou feio, e até pintam quadros horríveis, dizendo que eu tenho chifres, pêlos e cara de bode. Desde a minha criação sou muito vaidoso e jamais aceitaria ser desta forma. Se vocês ouvissem aquele tal de Apóstolo Paulo saberiam como sou de verdade: sempre fui um anjo de luz, fala mansa, voz agradável, boa aparência e muito convincente (6). Felizmente são poucos os que me reconhecem e assim vou enganando a muitos. Para terminar, eu quero dizer a todos que eu não sou ateu. Eu creio e tremo diante de Deus (7). Mas eu não consigo, não consigo me submeter. Submissão significa obediência, e eu não quero ser servo. Aliás, tem muita gente indo comigo que também crê em Deus, pratica os seus atos religiosos, freqüenta uma Igreja, mas são desobedientes, como eu.


Referências Bíblicas: 1) AP 12:12; 2) LC 15:12 3) II TM 4:10 4) MT 18:34,35 5) TG 4:7 6) IICO 11:14 7) TG 2:19.

Há Deus ?

Recentemente eu estava estudando uma das funções do formato interno do nariz - o turbilhonamento do ar para que chegue aos pulmões na temperatura adequada. Também uma das funções dos seios da face - conforto térmico do cérebro. Quando mexo meus dedos do pé lembro que meu pé está "vivo" porque, entre outras razões, há um complexo sistema de irrigamento contínuo e há comunicação perfeita do cérebro até o pé.

Quando minha razão vê as maravilhas da engenharia e arquitetura, digo: Quem foi? Quando apenas toco na conplexidade funcional do meu próprio corpo, e fico maravilhado, o que digo?

Digo que alguém me planejou detalhadamenteç digo que esse alguém é inteligente penso que se esse alguém teve um propósito para cada detalhe também tem um propósito para o todo. Não é alguém que brinca em serviço.

A Bíblia nos fala de um Deus Criador. Que criou todas as coisas para sua própria glória. Ela não tenta provar que Deus existe, mas começa com "No princípio criou Deus os céus e a terra". Entendo que fui criado para a glória de Deus.

Reparo na natureza que os animais são diferentes do homem na questão de sentimento de responsabilidade. Não vejo animais construindo templos, nem fazendo oferendas a algum deus, nem tentando provar que Deus não existe. Quando observo como Deus criou o homem, vejo que Ele também pôs a eternidade no coração do homem, e um senso de que a vida aqui na terra é algo fantástico, mas vai além disso.

Será que alguém poderá chegar na presença de Deus um dia e dizer: faltaram-me provas? ou: o Senhor se escondeu bem?

Temos recebido tanto de Deus! Que responsabilidade!

[João Paulo Geraldo de Souza - Bacharel em Teologia] .

"Disse o néscio em seu coração: não há Deus..."
(Salmo 14:1)

João 3:16

Na cidade de São Paulo, numa noite fria e escura de inverno, próximo a uma esquina por onde passavam várias pessoas, um garotinho (Isaque) vendia balas a fim de conseguir alguns trocados. Mas o frio estava intenso e as pessoas já não paravam mais quando ele as chamava.Sem conseguir vender mais nenhuma bala, Isaque sentou-se na escada em frente a uma loja e ficou observando o movimento das pessoas.
Sem que ele percebesse, um policial se aproximou.

-"Está perdido, garoto ?"
Isaque balançou a cabeça.
-"Só estou pensando onde vou passar a noite hoje... Normalmente durmo em minha caixa de papelão, perto do correio, mas hoje o frio está terrível...
-O senhor sabe me dizer se há algum lugar onde eu possa passar esta noite?"
O policial mirou-o por uns instantes e coçou a cabeça, pensativo.
-"Se você descer por esta rua", ( disse ele apontando o polegar na direção de uma rua, à esquerda,)
- “lá embaixo vai encontrar um casarão branco; chegando lá, bata na porta e quando atenderem apenas diga: "João 3:16 ".
Assim fez o garoto. Desceu a rua estreita e quando chegou em frente ao casarão branco, subiu os degraus da escada e bateu na porta.

Quem atendeu foi uma mulher idosa, de feição bondosa. Ela se chamava Lídia.

-"João 3:16", disse Isaque para aquela vovozinha, ainda sem entender direito.
- "Entre, meu filho". A voz era meiga e agradável de D. Lídia encheu sua alma.

Assim que ele entrou, foi conduzido por ela até a cozinha onde havia uma cadeira de balanço antiga, bem ao lado de um velho fogão de lenha
-"Sente-se, filho, e espere um instante, ta?"
O garoto se sentou e, enquanto observava D. Lídia, a bondosa mulher, se afastar, pensou consigo mesmo: "João 3:16... Eu não entendo o que isso significa, mas sei que me aqueceu ".
Pouco tempo depois a vovó Lídia voltou.
-"Você está com fome?", perguntou ela.
-"Estou um pouquinho, sim... há dois dias não como direito e meu estômago já começa a roncar.."
A mulher então o levou até a sala de jantar, onde havia uma mesa repleta de comida.

Rapidamente o garoto sentou-se à mesa e começou a comer; comeu de tudo, até não agüentar mais. Então ele pensou consigo mesmo: "João 3:16... Eu não entendo o que isso significa, mas sei que matou a minha fome".
Depois, D. Lídia, a generosa senhora o levou ao andar superior, onde se encontrava um quartinho com uma banheira cheia de água quente. O garoto (envergonhado) só esperou que a vovó se afastasse e então rapidamente se despiu e tomou um belo banho, como há muito tempo não fazia. Enquanto esfregava a bucha pelo corpo pensou consigo mesmo: "João 3:16... Eu não entendo o que isso significa, mas sei que me limpou".

Cerca de meia hora depois D. Lídia voltou e levou o garoto até um quarto onde havia uma cama de madeira antiga, mas grande e confortável. Ela o abraçou, deu-lhe um beijo na testa e, após deitá-lo na cama, desligou a luz e saiu. Ele se virou para o canto e ficou imóvel, observando a garoa que caía do outro lado do vidro da janela. E ali, confortável como nunca, ele pensou consigo mesmo: "João 3:16... Eu não entendo o que isso significa, mas sei que me deu repouso e descanso".

No outro dia, de manhã, a bondosa senhora preparou uma bela e farta mesa e o convidou para um delicioso café da manhã. Quando o garoto terminou de comer, ela o levou até a cadeira de balanço, próximo ao fogão de lenha. Depois seguiu até uma prateleira e apanhou um livro grande, de capa escura. Era uma Bíblia.

Ela voltou, sentou-se numa outra cadeira, próximo ao garoto e olhou dentro dos olhos dele, de maneira doce e amigável. -"Você entende João 3:16, filho?" -"Não, senhora... eu não entendo... A primeira vez que ouvi isso foi ontem à noite... Um policial que falou...".

Lídia concordou com a cabeça, abriu a Bíblia em João 3:16 e começou a explicar sobre Jesus. E ali, aquecido junto ao velho fogão de lenha, Isaque entregou o coração e a vida a Jesus. E enquanto lágrimas de felicidade deixavam seus olhos e rolavam face à baixo, ele pensou consigo mesmo: "João 3:16... ainda não entendo muito bem o que isso significa, mas agora sei que isso faz um garoto perdido se sentir realmente seguro”.

"Porque Deus amou o mundo de tal maneira, que deu seu único Filho para que todo aquele que nele crê, não pereça, mas tenha a vida eterna." (João 3:16)

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O Evangelho foi pregado a Isaque da melhor maneira possível: primeiro pelo EXEMPLO, depois pela ministração da Palavra.

Um menino miserável e faminto não ouviria a pregação do Evangelho com os mesmos ouvidos de um menino acolhido caridosamente por estranhos.

Quantos “Isaques” estão à nossa volta, carentes não só de alimento, banho e cama, mas de atenção, interesse, compreensão ?

Num dos episódios mais impressionantes do ministério de Jesus, estava Ele em um local deserto e afastado, e uma multidão o seguiu para ouvir a Sua Palavra. Mesmo cansado, Jesus compadeceu-se deles porque eram como “ovelhas que não tem pastor”. Caindo a tarde, a multidão era já faminta e Jesus não despediu-os sem comer. Ele poderia ter dito algo como : “- Bom pessoal, já está ficando tarde, e estamos longe das aldeias, acho melhor parar por aqui e cada um voltar para sua casa”...

Não, Ele entendeu que as pessoas queriam ouvi-Lo e não seria a fome e a sede que iriam interromper a ministração da Palavra da Salvação.

Não podemos multiplicar sobrenaturalmente os pães nem os peixes para fazermos um caminho para a apresentação do Evangelho. Mas será que precisamos de milagres ? Certamente podemos estender a mão para ajudar; oferecer os ouvidos para ouvir um desabafo; ou mesmo oferecer um ombro para alguém chorar.

Em nossa volta há muitas “ovelhas que não tem pastor”, almas sedentas pela Salvação de Jesus Cristo, mas que às vezes nem sabem disso ainda; e o primeiro passo para que estes abram seus corações e ouçam a Palavra pode ser um gesto simples de nossa parte..

A partir do momento em que você ler esta mensagem, sinta-se desafiado a observar nas pessoas à sua volta qual o “pão “ e o “peixe” que elas estão esperando de você para que se abram os caminhos para o Espírito Santo agir em suas almas.

Não esqueça: somos sal e luz. Cartões de visita de Jesus Cristo.

Porque tive fome, e destes-me de comer; tive sede, e destes-me de beber; era estrangeiro, e hospedastes-me Estava nu, e vestistes-me; adoeci, e visitastes-me; estive na prisão, e foste me ver. Então os justos lhe responderão, dizendo: Senhor, quando te vimos com fome, e te demos de comer? ou com sede, e te demos de beber? E quando te vimos estrangeiro, e te hospedamos? ou nu, e te vestimos? E quando te vimos enfermo, ou na prisão, e fomos ver-te? E, respondendo o Rei, lhes dirá: Em verdade vos digo que quando o fizestes a um destes meus pequeninos irmãos, a mim o fizestes. (Mateus 25: 35-40).